Lula se aproxima de inimigos da América, diz WSJ
O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ditadores de esquerda, assim como sua relativização moral da guerra da Rússia contra a Ucrânia, tem chamado a atenção do mundo. A jornalista vencedora do Prêmio Bastiat de Jornalismo e membro do conselho editorial do Wall Street Journal, Mary Anastasia O’Grady, afirmou que “Lula se aproxima dos inimigos da América”. A colunista publicou o artigo no domingo 16.
O texto de Mary destaca a perseguição da ditadura de Daniel Ortega contra os católicos da Nicarágua e a preocupação dos católicos brasileiros com as recentes declarações de Lula sobre o assunto.
O terror na Nicarágua é repulsivo para os líderes de todo o mundo — menos para Lula
Em 3 de março de 2023, 54 países assinaram uma declaração contra a escalada autoritária de Ortega. Sob o comando de Lula, o Brasil não assinou o documento. O documento destacava a opressão do ditador nicaraguense contra negros e indígenas — minorias que a esquerda diz defender. Ainda fazia um apelo para libertar os presos políticos no país, incluindo os da Igreja Católica.
“O terror na Nicarágua é repulsivo para os líderes de todo o mundo e de ambos os lados da divisão política”, observa Mary. “Os signatários da Declaração de Genebra emitida em março incluíram governos de centro-esquerda no Chile, no Canadá, na Espanha e nos Estados Unidos.”
Chamou a atenção do jornal norte-americano que Lula, além de não ter assinado a declaração, “ofereceu algumas bobagens sobre a busca de diálogo entre Ortega e suas vítimas, que foram caçadas, espancadas, presas, deportadas e, às vezes, assassinadas por sua oposição pacífica à ditadura militar”.
Nada de América democrática: nos primeiros 100 dias de governo, Lula se aproximou da China e do Irã
Outro ponto de destaque negativo sobre Lula é o seu flerte com regimes autoritários, em vez da aproximação com governos democráticos da América. “E não apenas com seus amigos de Cuba, Bolívia e Venezuela.” Em seus primeiros 100 dias no cargo, Lula fez questão de se aproximar da Rússia, da China e do Irã.
A reportagem analisou as diferenças entre a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Lula, em relação à Rússia. “Bolsonaro visitou Vladimir Putin em Moscou, enquanto a Rússia se preparava para invadir a Ucrânia. Mas seu envolvimento com o Kremlin parecia ter como objetivo principal resolver a escassez de fertilizantes para os agricultores brasileiros, quando o governo Biden o ignorava.”
Lula está obcecado em demonstrar sua independência dos EUA
Há ainda um destaque para o empenho do presidente Joe Biden de se aproximar do Brasil, “tropeçando em si mesmo para fazer amizade com Lula”. Ao mesmo tempo, o petista parece obcecado em demonstrar sua independência dos EUA — tanto ao relativizar a guerra da Rússia contra a Ucrânia, culpando o país que é vítima da invasão, como também por ter recebido navios iranianos de guerra no Rio de Janeiro.
“O Brasil está tão obcecado em demonstrar sua independência dos EUA que decidiu se aliar a um dos mais notórios Estados antidemocráticos do mundo e um dos principais exportadores de terrorismo?”, perguntou Mary.
Outro ponto importante do artigo é o caráter de Lula: “Se você arranhar a superfície desse revolucionário envelhecido, encontrará um demagogo obcecado por dinheiro e poder”.
Além do apoio político a déspotas, Lula também monta seu quadro na mídia internacional e deixa a porta aberta “para toda e qualquer fonte de capital, inclusive de grupos do crime organizado que entraram na política”.
Mary destaca que “a última vez que o Partido dos Trabalhadores de Lula esteve no poder, foi pego pela compra de votos no Congresso. Mais tarde, envolveu-se no maior esquema de propina da história da América Latina”.
Fonte Revista Oeste