Copel interpela judicialmente presidente do PT do Paraná que questionou suposta dívida

A Copel entrou com uma interpelação judicial contra o presidente do PT do Paraná e deputado estadual Arilson Chiorato, para que ele explique as denúncias de existência de uma suposta dívida da companhia que teria sido excluída do balanço da estatal. Na interpelação, a empresa exige que Chiorato apresente a íntegra da denúncia, bem como as fontes da mesma.

No último dia 29, o parlamentar afirmou, em discurso na Assembleia Legislativa, que dívidas bilionárias podem ter sido omitidas do balanço da Copel a investidores e sócios como o BNDES e o Estado do Paraná. Na ocasião, ele cobrou esclarecimentos sobre possível omissão de dívidas em balanços e também de prejuízos para o Estado e para acionistas.

As supostas dívidas estariam relacionadas a contratos com as empresas Companhia de Energias Renováveis, Centrais Elétricas Do Rio Ribeira S/A (Celer), Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura, GRP Empreendimentos S/A e Cesa – Confluência Energia S/A.


Segundo Chiorato, o passivo envolveria um processo sigiloso na gestão da Copel e, segundo fontes protegidas pela Constituição do Estado, a dívida seria de aproximadamente R$3,5 bilhões, mas estaria reservado apenas R$ 670 milhões para pagamento desses débitos. Esse valor se referiria a um contrato de fornecimento de equipamentos para um parque eólico da Copel no Rio Grande do Norte.


A Copel alega que o processo a que Chiorato se refere está sob sigilo. Vislumbra-se que o REQUERIDO, supostamente baseado na dita denúncia, mediante omissão da sua fonte, leviana e incompleta contextualização, irresponsáveis ilações e duvidoso e obscuro respaldo probatório, tratou de questões asseguradas por segredo de justiça e sigilo, tanto na esfera arbitral quanto na judicial, e insinuou fraude nas demonstrações financeiras da Companhia”, afirma a companhia na interpelação. “Cumpre destacar que tanto a existência do litígio em referência, iniciado em 2015, quanto o valor correspondente, têm sido considerados regularmente nas demonstrações financeiras da Companhia, estando os fatos a ele relacionados, reitere-se, cobertos por segredo de justiça e por dever de confidencialidade”, argumenta a empresa.


Na sessão de hoje da Assembleia, Chiorato afirmou que a Copel estaria tentando intimidá-lo, e pediu que a procuradoria do Legislativo assuma a sua defesa, alegando que está protegido pela imunidade parlamentar.


Fonte Bem Paraná

Categoria:

Deixe seu Comentário