Entenda a participação das mulheres em esquema milionário de tráfico de drogas em Maringá

Discrição, fidelidade e comprometimento com a organização criminosa. Esses são alguns dos atributos percebidos em 4 mulheres presas recentemente como integrantes de um esquema que movimenta milhões de reais, todos os meses, com o tráfico de drogas, com base em Maringá, Sarandi e Marialva.

operação do Denarc de Maringá, que resultou na prisão de três mulheres e a apreensão de mais de R$ 1 milhão em entorpecentes, na manhã desta segunda-feira, 7, revela detalhes de como funciona uma das maiores organizações criminosas do Paraná.

O grupo é responsável pela distribuição de entorpecentes para várias regiões do País e conta com a participação importante de mulheres que fogem de qualquer suspeita. O esquema é investigado há mais de um ano. O líder está foragido desde o início. Ao logo desse tempo, a polícia foi desvendando várias estratégias usadas por ele. E envolver mulheres no esquema é uma delas.

Para serem recrutadas, elas precisam preencher vários quesitos. Depois de serem selecionadas, lhe são apresentadas as recompensas financeiras. Mas a verdade é que uma vez dentro do negócio, sair não é mais uma opção segura.

A maioria das mulheres cede a casa onde moram para servir como “cofres” do tráfico, nome dado aos pontos onde as drogas são escondidas. Aquelas há mais tempo na organização, podem até ajudar nas entregas, como foi o caso de uma jovem de 22, que faz parte da organização, e foi presa na quinta-feira, 3, com porções de cocaína e crack. A polícia também apreendeu munições e uma espingarda calibre 12 na casa dela.

Entre as 3 mulheres presas na manhã desta segunda, 7, a história de uma delas chama atenção. A mulher tem mais de 60 anos e estaria no esquema há bastante tempo, segunda a polícia. A senhora guardava alguns tabletes de crack e cocaína em casa. O mundo do crime, no entanto, tem cobrado um alto preço para a família da suspeita. Um dos filhos está preso e o outro, também envolvido com o tráfico, morreu depois de ser espancado em um velório que acontecia em Marialva, em 2019.

Conforme o delegado responsável pelo Dernac de Maringá, Leonardo Roque Munin, a quadrilha é bem articulada e conta com dezenas de participantes. Desta vez, até um botijão de gás, com uma abertura na parte de baixo, foi apreendido. O objeto era usado para transportar as drogas. Em outras ações, os policiais já haviam descobertos fundos falsos em alguns móveis, com o mesmo objetivo. Mais integrantes da quadrilha devem ser presos, informou o delegado.

Fonte GMC Online




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