Greve geral na França para transportes e outros serviços

Para protestar contra a inflação crescente no país e pedir aumento salarial, profissionais de educação, energia, saúde, transporte e coleta de lixo estão participando de uma greve geral na França, nesta terça-feira, 18. Com isso, o tráfego de trens regionais no país foi reduzido pela metade nesta terça-feira. Também não há aulas em muitas escolas, falta combustível e muitos serviços públicos estão suspensos, segundo a Agência Reuters.

A greve desta terça-feira foi convocada no domingo 16, quando milhares de pessoas saíram às ruas de Paris para protestar, depois de semanas de greves por salários mais altos, especialmente nas refinarias de petróleo.

Os protestos ocorrem enquanto o governo deve aprovar o Orçamento de 2023 usando poderes constitucionais especiais que permitiriam contornar uma votação no Parlamento, disse a primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, no domingo 16.

Quatro sindicatos fazem parte da organização dos protestos, que também têm como pauta proteger o direito à greve, depois que o governo de Emmanuel Macron ordenou a requisição de alguns trabalhadores das refinarias de petróleo. Para os sindicalistas, a ordem é “uma violação de seus direitos constitucionais”.

Algumas regiões, como Lyon, já começam a ser afetadas. No domingo, quase 40% dos postos de gasolina não tinham combustível. Em outros lugares, quase um terço dos postos de gasolina ficaram sem pelo menos um combustível, com a situação prevista para piorar nesta semana, de acordo com a primeira-ministra, Elisabeth Borne.

Muitas postagens nas redes sociais falam sobre a falta de combustível. Nesta postagem no Twitter, o autor diz que “os efeitos já eram visíveis no centro parisiense Gare de Lyon na terça-feira, com os subúrbios lotados”.

Na segunda-feira 17, Macron declarou o desejo de solucionar “o mais rápido possível” os protestos.

O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, disse que as greves eram “inaceitáveis ​​e ilegítimas”, porque os acordos salariais foram cumpridos com a maioria dos trabalhadores. “O tempo para as negociações já passou”, disse.

O ministro dos Transportes, Clement Beaune, disse à France Inter que a única saída para a crise é o fim das greves.

Fonte Revista Oeste

Categoria:

Deixe seu Comentário