Maior onda de ataques à Ucrânia faz Cruz Vermelha deixar o país
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha interrompeu temporariamente o trabalho de auxílio às vítimas na Ucrânia por razões de segurança nesta segunda-feira, 10, depois que a Rússia começou uma das maiores ofensivas ao país, desde o início da invasão, em 24 de fevereiro.
“Por razões de segurança, nossas equipes pausaram as operações hoje”, afirmou um porta-voz da Cruz Vermelha. Mais de 80 mísseis foram disparados contra a capital, Kiev, em retaliação à explosão na ponta que liga a Crimeia à Rússia, no sábado 8.
O Conselho Norueguês de Refugiados também disse que suspendeu suas operações de ajuda até que seja seguro retomá-las.
Pelo menos 43 mísseis disparados pela Rússia teriam sido interceptados pelo sistema de defesa antiaéreo. A Ucrânia informou que há pelo menos dez mortos.
Repercussão na Otan
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, condenou nesta segunda-feira,10, os ataques a alvos civis na Ucrânia. “Falei com o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, e condenei os ataques horríveis e indiscriminados da Rússia à infraestrutura civil na Ucrânia”, disse Stoltenberg, em um tuíte. “A Otan continuará apoiando o corajoso povo ucraniano para lutar contra a agressão do Kremlin pelo tempo que for necessário.”
Já o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, um aliado de Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira que ordenou que tropas fossem mobilizadas com forças russas perto da Ucrânia, em resposta ao que ele chamou de ser uma clara ameaça a Belarus vinda de Kiev e de seus apoiadores no Ocidente.
As declarações de Lukashenko, que ocupa o poder em Belarus desde 1994, indicam uma potencial escalada da guerra na Ucrânia, possivelmente com uma força conjunta de Rússia e Belarus no norte da Ucrânia. “Os ataques no território de Belarus não estão apenas sendo discutidos na Ucrânia hoje, mas também estão sendo planejados”, disse Lukashenko, em uma reunião sobre segurança.
Fonte Revista Oeste