Pela primeira vez na história, o Brasil terá duas pessoas trans no Congresso Nacional

Congresso Nacional vai ter, pela primeira vez na história, duas pessoas trans em sua composição. São deputadas federais eleitas Erika Hilton (Psol-SP), eleita com 256 mil votos, e Duda Salabert (PDT-MG), que obteve 208 mil votos neste domingo.

Em 2018, Erika exerceu seu primeiro cargo público como deputada estadual pela Bancada Ativista. No entanto, deixou o cargo para concorrer a uma vaga como vereadora em 2020, pela cidade de São Paulo. Assim, ela foi a primeira trans a ser eleita na Câmara dos Vereadores de SP.

Já Duda foi a primeira vereadora trans de Belo Horizonte, em Minas Gerais, sendo a mais votada da cidade, em 2020. No domingo 2, a deputada eleita foi votar vestindo um colete à prova de balas. Segundo ela, era uma maneira de se proteger das inúmeras ameaças de morte que sofreu.

Neste ano, as candidaturas de pessoas trans bateram recorde no Brasil. Ao todo, foram 80 candidaturas (38 federais e 42 estaduais). A informação é da Associação Nacional de Travestis e Transexuais. “Foram vitórias históricas, porque moramos no país em que 90% das travestis e transexuais estão na prostituição”, explicou Duda, em entrevista ao portal UOL. “Nossa expectativa de vida não supera os 40 anos.”

As Assembleias Legislativas também devem contar com a presença de pessoas trans na próxima gestão. Linda Brasil (Psol-SE) tornou-se a primeira deputada estadual trans eleita em Sergipe, assim como Dani Balbi (PCdoB-RJ). Carolina Iara, da Bancada Feminista do Psol, continua o legado de Erica Malunguinho na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Fonte Revista Oeste

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