Presidente da Colômbia sugere que petróleo é mais prejudicial que cocaína

Durante discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu aos países latino-americanos que “unam forças para acabar com a guerra às drogas” no continente.

“A diminuição do consumo de drogas não precisa de guerras, mas, sim, que seja construída uma sociedade melhor, solidária e afetuosa, onde a intensidade da vida nos salve dos vícios”, disse Petro, na terça-feira 20, ao afirmar que a atual política de enfrentamento “fracassou”.

Petro minimizou ainda o uso da cocaína. “Foi decidido que essa droga é o veneno e deve ser perseguida, mesmo causando um baixo número de overdoses, muitas por resultado de misturas com outras substâncias”, observou. “Contudo, o carbono e o petróleo devem ser protegidos, mesmo que seus usos levem a humanidade à extinção.”

O presidente colombiano relembrou a ancestralidade da planta de coca. “Sagrada para os incas, mas aqueles que hoje a cultivam são encarcerados”, disse. 

Presidente da Colômbia, cocaína e presos

Em seu primeiro discurso como presidente eleito, em junho deste ano, Petro se dirigiu à população para dizer que uma das intenções de seu governo é soltar presos, tirando da cadeia principalmente os jovens.

“Quantas pessoas estão na prisão hoje? Quantos jovens acorrentados, algemados, tratados como bandidos, simplesmente por terem esperança, simplesmente porque tinham amor?”, interpelou o presidente, em alusão a supostos presos políticos. “Peço ao procurador-geral da nação que liberte o nosso povo. Liberte os jovens.”

Quem é Gustavo Petro?

Petro foi o primeiro candidato de extrema esquerda a vencer uma disputa pela Presidência da Colômbia da história de seu país. Ele é ex-guerrilheiro do grupo Movimento 19 de Abril (M-19), facção conhecida por atos violentos, sobretudo, na década de 1980. Depois de abandonar a luta armada, Petro foi duas vezes senador e uma vez prefeito da capital, Bogotá.

Fonte Revista Oeste




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