Vereadores de Apucarana criticam suspensão de piso da enfermagem

Durante sessão ordinária realizada nesta segunda-feira (5), vereadores de Apucarana se manifestaram contra decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que suspendeu o piso nacional da enfermagem aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Na decisão, tomada no último domingo, o ministro apontou riscos à prestação do serviço de saúde e possibilidade de demissão em massa diante dos novos salários. Barroso deu um prazo de 60 dias para que instituições de saúde públicas e privadas esclareçam o impacto financeiro do novo piso.

Para vereadores, a medida reflete a clara interferência do STF sobre os demais poderes da República. “Essa interferência de poder sobre outro poder é perigosa. Deixo aqui meu repúdio, porque os poderes têm que trabalhar em harmonia”, afirmou o vereador Tiago Cordeiro de Lima (MDB). Ele disse esperar que o colegiado do Supremo reverta essa decisão monocrática de Barroso que, no seu entender, significa perda de direitos de uma categoria que é dedicada  e tanto trabalhou na pandemia.

A opinião de Tiago Lima foi compartilhada por todos os companheiros de Legislativo. “Quando eles estavam na linha de frente da pandemia, com o fuzil na mão lutando contra uma doença desconhecida e até se contaminando também, ninguém caneteou. Agora que o Congresso aprovou a lei o STF pede para suspender”, disse Luciano Molina (PL). O presidente da Câmara, vereador Franciley Preto Godói Poim (PSD), lembrou que “no momento mais difícil da pandemia lá estavam esses guerreiros profissionais dando suas vidas para salvar vidas”.

Vereadores aproveitaram também o momento em que o Brasil comemora 200 anos de independência para criticar a falta de independência que existe hoje entre os poderes em todos os níveis.

A Câmara aprovou três matérias. Um projeto do Executivo doando ao Estado o imóvel onde está instalado o Corpo de Bombeiros, na Rua Ponta Grossa; um requerimento do vereador Poim pedindo pista de caminhada no Pirapó; e um requerimento do vereador Moisés Tavares (Cidadania) pedindo aplicação da Lei Complementar nº 191/2022 aos servidores da Educação e Assistência Social (leia mais na página A7. 

Fonte TNOnline

Categoria:

Deixe seu Comentário