Depois de prisão de bispo, papa pede paz na Nicarágua

No domingo 21, o papa Francisco se manifestou sobre a situação de católicos na Nicarágua, que estão sendo perseguidos pela ditadura de Daniel Ortega. O bispo Rolando Álvarez, crítico do governo, foi preso na semana passada, acusado pelas autoridades de segurança de tentar desestabilizar o país.

Durante um pronunciamento para fiéis na Praça de São Pedro, o pontífice defendeu um diálogo “aberto e sincero”. Foram os primeiros comentários de Francisco sobre a crise no país da América Central, que intensificou nos últimos meses as perseguições a católicos, com a prisão e o exílio de padres.

O papa não mencionou especificamente a prisão do bispo Rolando Álvarez, de Matagalpa, no norte do país, mas disse estar acompanhando a situação na Nicarágua “com preocupação e dor” e pediu orações pelo país.

“Gostaria de expressar minha convicção e meu desejo de que, por meio de um diálogo aberto e sincero, possam ser encontradas as bases para uma convivência respeitosa e pacífica”, disse Francisco.

O bispo está em prisão domiciliar desde sexta-feira. Anteriormente, por duas semanas, ficou detido em uma casa da Igreja em Matagalpa com cinco padres, um seminarista e um cinegrafista de um canal de televisão religioso.

As autoridades nicaraguenses fecharam sete emissoras de rádio católicas ligadas ao bispo, o que levou Álvarez a denunciar os atos arbitrários do governo e exigir que ele respeitasse a liberdade religiosa.

Dias depois da denúncia do fechamento das rádios católicas, o Brasil repudiou a decisão e o “uso abusivo da violência policial contra líderes religiosos e fiéis”. Em nota, o Ministério de Relações Exteriores manifestou sua “grave preocupação” e instou o governo de Ortega a restabelecer “sem demora” o funcionamento das emissoras e “o pleno exercício da liberdade religiosa”.

Fonte Revista Oeste

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