Justiça mantém prisão de policial bolsonarista que matou tesoureiro do PT no Paraná

O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, na região Oeste do Paraná, acatou o posicionamento do Ministério Público e recusou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa do policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho. Na noite de 9 de julho, ele matou a tiros o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda quando a vítima comemorava 50 anos com uma festa temática do partido.

No pedido revogação da prisão preventiva ou regime domiciliar, os advogados de Guaranhos alegaram que ele necessita de cuidados médicos. De acordo com informações do pedido da defesa, ele deve receber alta do Hospital Ministro Costa Cavalcanti nesta sexta (5). Ele foi baleado por Marcelo Arruda após abrir fogo na festa.

Na decisão, o juiz determinou que Guaranho seja encaminhado para o Complexo Médico Penal do Paraná assim que receber alta do hospital. "Guaranho possui uma personalidade conflituosa, beligerante e intolerante", disse o juiz na decisão. Também reforçou que o ataque a Arruda em ano eleitoral contrapõe a liberdade de escolha na hora do voto.

Veja a decisão na íntegra

O mesmo juiz acatou em 20 de julho a denúncia do Ministério Público que acusa Guaranho por homicídio duplamente qualificado com motivo fútil e perigo comum, pelo assassinato de Arruda. Os promotores admitiram que o crime teve motivação política, mas não apontaram a prática de crime de ódio por essa razão alegando que isso não está previsto em lei.

Um laudo pericial indicou que o registro do dispositivo eletrônico da gravação das câmeras de segurança que filmaram o assassinato foi apagado dois dias após o crime. Com isso, se torna impossível determinar quem acessou as imagens horas antes do ocorrido, o que dificulta a apuração de um eventual envolvimento de terceiros no crime.

Fonte Bem Paraná



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