Deputados cobram perícia em celular de policial penal que matou petista em Foz

A Comissão Parlamentar formada pela Assembleia Legislativa para acompanhar as investigações sobre o assassinato do guarda-municipal e militante do PT, Marcelo Arruda, cumpriu hoje uma série de atividades em Foz do Iguaçu (região Oeste). Na visita, os deputados Tadeu Veneri (PT) e Delegado Jacovós (PL) se reuniram com a delegada Iane Cardoso, titular da Delegacia de Homicídios; o juiz da 3ª Vara Criminal, Gustavo Germano Arguello; e os promotores Tiago Lisboa Mendonça e Luis Marcelo Mafra, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Os parlamentares também se encontraram com a viúva de Marcelo Arruda, Pamela Silva; visitaram o local do crime, o Clube Social Aresf (Associação Recreativa e Esportiva da Segurança Física); o Hospital Municipal Padre Germano Lauck; e participaram de uma reunião com dirigentes do Centro de Direitos Humanos e Memória.

Coordenador da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, Veneri cobrou rapidez na perícia dos dados do celular do assassino, o policial penal Jorge Guaranho. Ele anunciou que a Comissão irá propor à Secretaria de Segurança Pública a criação de uma força tarefa para que as informações apuradas sejam incluídas na investigação o mais rápido possível.

“A informação que o Ministério Público nos colocou é que teremos a decodificação das informações do celular, que foi autorizada a quebra de sigilo, o mais rápido possível, para que possam colocar estas informações no inquérito. Amanhã mesmo iremos procurar o secretário de Segurança Pública, Wagner Mesquita, para que seja criada uma força tarefa para que possamos ter estas conclusões no prazo mais rápido”.

Veneri ressaltou que é preciso esclarecer as razões de Guaranho ter sido declarado morto pela Polícia, após ter cometido o assassinato. “Tiramos algumas conclusões. Uma delas é que é preciso esclarecer uma grande dúvida que diz respeito ao fato de que Guaranhos, num primeiro momento, foi anunciado que teria ido a óbito, coisa que depois foi modificada. Mas há um lapso de 12 horas entre o que foi dito e o desmentido. Fomos ao hospital, e segundo o hospital, esta informação não partiu de lá”.

Entre os encaminhamentos discutidos está a sugestão para que o Poder Legislativo apresente formalmente ao governo do Estado a proposta da criação de uma força-tarefa para receber e investigar denúncias envolvendo casos de violência política no Paraná e também que o Estado garanta a proteção para familiares e testemunhas do caso Marcelo Arruda. No âmbito da Comissão Parlamentar, os deputados vão atuar para pedir rapidez na perícia do celular de Guaranho e solicitar informações sobre a suposta participação do Departamento Penitenciário Nacional no caso.

Nesta terça-feira pela manhã, os deputados se reúnem o coordenador-geral do Gaeco no Paraná, procurador Leonir Batisti, e com a delegada Camila Cecconello, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do Estado.

Fonte Bem Paraná

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