Delegado Doutor Felipe fala sobre a morte do garoto de 13 anos em Apucarana

O DELEGADO QUE ESTAVA DE PLANTÃO NA 17ª SUBDIVISÃO POLICIAL DE APUCARANA, DOUTOR FELIPE RIBEIRO RODRIGUES, CONCEDEU ENTREVISTA NESTA QUARTA-FEIRA (22) SOBRE AS INVESTIGAÇÕES EM RELAÇÃO À MORTE DO ADOLESCENTE ALEKSON RICARDO KONGENSKI, DE 13 ANOS, APÓS BRIGA NAS IMEDIAÇÕES DE UM COLÉGIO NO JARDIM PONTA GROSSA NA NOITE DE TERÇA-FEIRA (21). CONFORME O DOUTOR FELIPE, HÁ INDÍCIOS DE QUE A CAUSA DA MORTE PODE ESTAR RELACIONADA COM ALGUMA COMORBIDADE ANTERIOR À AGRESSÃO.
“Não foram evidenciados no corpo do menor, no Instituto Médico Legal, nenhum tipo de trauma. É provável que a causa da morte tenha sido alguma comorbidade anterior que o médico determinará no exame de necropsia”, afirmou o delegado.
Conforme Doutor Felipe, houve o envolvimento de cerca de seis adolescentes na confusão, mas dois deles chegaram efetivamente às vias de fato – o adolescente suspeito, de 15 anos, e a vítima. “Os demais praticaram assistência moral, incentivaram a briga, mas não chegaram a praticar nenhuma agressão”, disse o delegado.
Três adolescentes já foram ouvidos e algumas testemunhas. Agora, o delegado espera que o adolescente de 15 anos se apresente à Delegacia. “Estamos aguardando a apresentação espontânea e voluntária dele. Caso ele não se apresente, teremos que tomar medidas um pouco mais enérgicas, mas acreditamos que a família o apresentará”, afirmou o Doutor Felipe.
De acordo com o delegado, o motivo da briga teria sido banal, por conta de uma confusão do cotidiano juvenil. Nenhum dos adolescentes tinha passagem pela polícia. “Fica de lição a todos nós, autoridades, educadores e pais, que tem a incumbência de informar os nossos futuros cidadãos. Muitas vezes atos impensados resultam em atos trágicos”, ressaltou o Doutor Felipe.
O delegado acrescentou que se for confirmada a morte por causa anterior, o adolescente de 15 anos irá responder pelos atos praticados contra a vítima, mas não pelo resultado de morte. Caso fique comprovada a morte em decorrência da agressão, ele poderá responder por ato infracional equivalente a homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).
Familiares de Alekson Ricardo Kongenski confirmaram que o adolescente fazia tratamento para epilepsia.