PF considera cinco suspeitos pelas mortes de Dom e Bruno na Amazônia

A Polícia Federal (PF) trabalha com a hipótese de que pelo menos cinco pessoas estiveram envolvidas nas mortes do jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira na Amazônia, confirmadas na última quarta-feira, 15.
Eduardo Fontes, superintendente da Polícia Federal no Amazonas, confirmou a atual tese da investigação à CNN. Na quarta, os pescadores Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos, e Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, confessaram o duplo assassinato. Dom e Bruno haviam sido vistos pela última vez no dia 5 de junho, no Vale do Javari.
Segundo Eduardo Fontes, as investigações seguem em sigilo e ainda não é possível determinar os motivos dos assassinatos. No entanto, Dom e Bruno trabalhavam em investigações sobre pesca ilegal na região.
Na quarta, um dos investigados foi levado para a área de buscas pelos investigadores da PF. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, confirmou que restos mortais foram encontrados no local.
No domingo 12, a PF havia confirmado que foram encontrados uma mochila e documentos pertencentes a Dom e Bruno. Dois dias antes, os policiais encontraram “material orgânico aparentemente humano” na região.
Um relatório da PF sobre o caso, enviado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), mostra alguns trechos dos depoimentos de Pelado, que admitiu ter visto Bruno no dia em que o indigenista desapareceu.
Em outro depoimento, o procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Eliésio Marubo, afirma ter recebido de Bruno uma mensagem na qual temia por sua vida.