Com a volta das festas, mercado de casamentos deve girar R$ 40 bilhões este ano
Postado 29/05/2022 15H01

Com a volta das festas, mercado de casamentos deve girar R$ 40 bilhões este ano
Entre março de 2020 e setembro de 2021, estima-se que o setor tenha deixado movimentar cerca de R$ 24 bilhões com cancelamentos
A pandemia de covid-19 atrasou os planos de milhares de brasileiros de subir ao altar. Com o retorno das festas, o mercado de casamentos vive uma retomada, impulsionada pela demanda reprimida na pandemia e pelos novos casais que decidiram “dizer sim”.
Levantamento da plataforma Casar.com estima que, este ano, o setor deve faturar cerca de R$ 40 bilhões. Se confirmado, o desempenho será bem superior aos R$ 3,5 bilhões registrados em 2021, quando ainda havia restrições à realização de eventos e parte dos casamentos já tinha sido paga em anos anteriores. Segundo a empresa, entre março de 2020 e setembro de 2021, estima-se que o setor tenha deixado movimentar cerca de R$ 24 bilhões com cancelamentos e adiamentos de cerimônias.
De acordo com a presidente da Casar.com, Camila Piccini, o resultado expressivo deste ano deve ser puxado pelos eventos que tinham sido adiados. “As pessoas ficaram muito tempo sem poder se reunir e agora elas querem celebrar essas uniões”, avalia.
Conforme a Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta), anualmente são realizados aproximadamente 1,1 mil casamentos no País. Em 2022, o número deve crescer 45%, chegando a 1,6 mil cerimônias.
Mas quem decidiu se casar este ano foi surpreendido com o reajuste dos contratos, já que, como apontam entidades do setor, a inflação média dos serviços matrimoniais foi de 30%, em comparação ao valor praticado pré-pandemia. Mesmo com a alta nos preços, empresários ouvidos pelo Estadão relatam que, até o momento, não é possível repassar integralmente os custos para os consumidores, em especial nos casos de contratos feitos nos anos anteriores.
Escolha
Com os eventos pesando mais no bolso, os casais acabam elegendo algumas prioridades. Sócio do espaço paulistano Casa Petra, de uma empresa de decoração e de uma agência de viagens especializada em casamentos, Luciano Martins diz que os seus clientes acabaram realocando as despesas das festas.
Ele conta que, atualmente, quem casa prefere reduzir a lista de convidados para manter a qualidade do serviço e da comida e da bebida disponíveis no evento. “As pessoas estão revendo os seus valores, elas querem celebrar melhor, mesmo que seja ao lado de menos pessoas”, afirma o empresário.
Fonte: R7
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