Comissão espera definir futuro do concurso na próxima semana

A comissão responsável pelo concurso de seleção de candidatos à Guarda Civil Municipal de Apucarana espera definir o futuro do certame até a próxima semana, quando deve encerrar as investigações sobre as denúncias de possíveis irregularidades.

O concurso permanece suspenso, depois que surgiram denúncias dando conta de teria ocorrido inscrições indevidas de pessoas ligadas ao antigo comandante da Guarda Municipal e então presidente da comissão do concurso, Alessandro Carletti. Ele foi afastado da comissão e, nesta semana, foi exonerado do cargo de comandante da Guarda e passa a responder a uma sindicância aberta para apurar a conduta.

O certame teve 3.293 candidatos homologados, sendo 666 mulheres e 2.663 homens, que disputam as 25 vagas para a Guarda Civil Municipal de Apucarana.

O advogado e servidor público Rubens França, que assumiu a presidência da comissão organizadora do concurso, informou que os quatro membros da comissão já fizeram várias reuniões para apurar as denúncias de irregularidades e espera poder deliberar sobre o caso até o final da próxima semana. A comissão, que conta ainda com a advogada Polyane Denobi, do quadro da Procuradoria Jurídica da Prefeitura e dos guardas municipais Jeferson Zanon e Claudinei Cândido, já realizou a oitiva de Carletti, que foi denunciado por ter permitido que pessoas ligadas a ele participassem do concurso.

Sem dar detalhes sobre o conteúdo do depoimento, Rubens França informou que a comissão vem realizando outras checagens e ainda não definiu se serão necessários outros depoimentos. “Estamos trabalhando nesse caso, verificando e esperamos definir isso até a semana que vem”, disse.

 SINDICÂNCIA

De outro lado, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Apucarana confirmou nesta quinta-feira (26), que a comissão de sindicância que vai apurar a conduta do servidor Alessandro Carletti já foi nomeada, na quarta-feira (25) e iniciou os trabalhos.

Uma fonte da prefeitura confirmou também que três pessoas ligadas a Carletti teriam participado da prova realizada no último dia 15 de maio. Essas pessoas seriam duas mulheres, noiva e cunhada do ex-comandante da Guarda Municipal, e um irmão dele. A participação de familiares de Carletti no certame é vetada pelo edital do próprio concurso e pela Constituição Federal.

O prefeito Júnior da Femac exonerou Alessandro Carletti do cargo de comandante da Guarda Civil Municipal de Apucarana, conforme publicação desta quarta-feira (25), no Diário Oficial. O afastamento dele do comando da corporação foi anunciado ainda na semana passada, na última quinta-feira (19), pela administração municipal, quando também se anunciou a abertura de uma sindicância para apurar a conduta do servidor no concurso público para a corporação realizado no último dia 15.

Os nomes das pessoas que integram a comissão de sindicância não foram divulgados. A assessoria de comunicação confirmou apenas que a comissão já está constituída e os membros nomeados e que haveria o cuidado de preservar nomes para assegurar tranquilidade nos trabalhos.

Fonte TNOnline

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