Queda de avião da China pode ter sido intencional, segundo jornal

O acidente com o avião da China Eastern Airlines, que caiu abruptamente em março com 132 pessoas a bordo, pode ter ocorrido de forma intencional. Uma reportagem do Wall Street Journal, publicada na terça-feira 17, revela que não foram encontradas falhas na aeronave a partir da análise dos dados da caixa-preta.

Embora ainda não tenha sido possível concluir o que de fato ocorreu, pessoas que tiveram acesso a uma avaliação preliminar do caso, feita por autoridades dos EUA, uma vez que a aeronave é de fabricação da norte-americana Boeing, suspeitam que alguém de dentro da cabine tenha derrubado o avião. Uma fonte ouvida pela agência de notícias Reuters reiterou a linha de raciocínio e descartou indicações de erros técnicos.

Ainda de acordo com uma pessoa com conhecimento da avaliação, as autoridades chinesas que estão liderando a investigação não apontaram até agora nenhuma falha mecânica na aeronave.

Assim, as informações reunidas fizeram com que, segundo o jornal norte-americano, que os investigadores dos EUA concentrassem seus esforços nas ações do piloto — há, ainda, a possibilidade de que outra pessoa no avião tenha invadido a cabine e causado o acidente, tirando assim a responsabilidade da tripulação.

Questionada sobre a hipótese de uma intrusão, a China Eastern disse que tal cenário não era plausível. A companhia aérea citou informações de uma entrevista coletiva em 25 de março, na qual as autoridades chinesas disseram que nenhum código de emergência havia sido enviado do avião antes do acidente.

O acidente

O voo, que partiu da cidade de Kunming, em 21 de março, deveria pousar em Guangzhou cerca de duas horas depois, mas a comunicação com a aeronave se perdeu pouco mais de uma hora após decolar.

Em dado momento, o avião despencou de uma altura de 8,9 mil metros para 2,7 mil. Na sequência, voltou a cair, a uma altitude de 900 metros com velocidade de 700 quilômetros por hora até se chocar. Vídeo publicado nas redes sociais mostra o que seria o Boeing em queda acelerada em um ângulo de inclinação quase vertical.

Tripulação não respondeu

No momento do acidente, os pilotos não teriam respondido aos contatos dos controladores de voo assim que a primeira alteração no trajeto foi identificada. De acordo com a Administração de Aviação Civil da China, a última chamada regular entre os controladores e a aeronave ocorreu às 14h16, no horário local. Menos de cinco minutos depois, o avião começou a perder altitude. O controle de tráfego aéreo tentou estabelecer contato, mas já não teve resposta.

Fonte Revista Oeste

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