Filho de radialista assassinado no Paraná é preso suspeito de ser mandante do crime, diz polícia

O filho do radialista
Antônio Beckhauser, de 56 anos, morto a tiros dentro de casa em 15 de setembro
de 2021, e outras duas pessoas foram presos nesta
quarta-feira (6) por suspeita de envolvimento no crime, de acordo com a Polícia
Civil.
As prisões aconteceram simultaneamente em Ubiratã,
no oeste do estado, Campina da Lagoa, no centro-oeste do Paraná, e em Nova Mutum,
no Mato Grosso, onde o filho foi localizado, segundo a polícia.
No dia
do crime, pai e filho assistiam a um jogo de futebol quando um homem entrou na
casa e anunciou o assalto. Também estava na casa a mulher do radialista. Os
três foram atingidos por disparos de arma de fogo.
O nome do filho não foi divulgado.
Dinheiro foi a motivação do crime
De acordo com o delegado Ivo Viana, que
investiga o caso, o filho foi atingido por um disparo na perna como parte de
uma armação entre ele e os outros suspeitos presos.
Ainda conforme investigação, o homem de 35
anos encomendou a morte do pai e também da mãe, porque teria várias dívidas e
viu uma oportunidade de quitá-las com a venda da casa da avó paterna avaliada
em R$ 1 milhão.
Para a venda do imóvel, era necessária a
assinatura do radialista uma vez que a avó é viúva. Contudo, de acordo com a
polícia, os pais e o restante da família não concordavam com a venda da casa.
A investigação, conforme o delegado, começou como
um latrocínio (roubo seguido de morte), mas, pela análise do local do crime, a
polícia descobriu que se tratava de um homicídio encomendado pelo filho.
Segundo o delegado, o filho se mudou para Mato
Grosso quando percebeu que as investigações levavam até ele.
O homem responderá por homicídio duplamente
qualificado e tentativa de homicídio. Além disso, também responderá pelo crime
de tráfico de drogas, uma vez que na casa onde foi preso foram encontradas
drogas, segundo a polícia.
Outros presos
Conforme o delegado, os outros homens presos são: o
suspeito de ter atirado nas vítimas, que está preso na cadeia de Campina da Lagoa, por outro homicídio, e Wellington
Enrique de Souza Oliveira, que é suspeito de ter intermediado o contato entre o
filho do radialista e o homem que atirou.
Os dois responderão por homicídio duplamente
qualificado e tentativa de homicídio.
O advogado de defesa de Wellington, Edson Luiz
Pagnussat informou que o suspeito não teve participação nos fatos e que a
prisão é desproporcional. A defesa informou ainda que vai buscar os meios
judiciais para revogar a prisão.
Fonte G1