Operação combate organização criminosa de Foz do Iguaçu suspeita de lavar dinheiro importando cabelo humano da Índia

A Receita e a Polícia Federal deflagram nesta
terça-feira (22) a Operação Janus para combater uma quadrilha sediada em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, suspeita de lavagem de
dinheiro e fraudes na importação de cabelos humanos.
De acordo com as investigações, os recursos
movimentados pelos suspeitos vinham de sonegação fiscal, contrabando e
descaminho de cabelos humanos. O grupo também usava empreendimentos de
construção civil e bens registrados em nome de terceiros para mascarar as
fraudes.
Segundo a PF, parte do recurso lavado vinha
de atividades ilícitas vinculadas a operações financeiras supostamente ilegais,
executadas por integrantes que exerciam a atividade de “doleiro” no Paraguai.
Um dos integrantes da quadrilha é servidor da Polícia Federal, segundo informou
a corporação.
O cabelo humano era importado da Índia por
meio de empresas em nome de interpostas pessoas, com o seu valor subfaturado. A
parte não declarada era repassada aos vendedores através de operações cambiais
irregulares denominadas dólar-cabo. Os cabelos humanos eram revendidos, no
mercado interno, por valores também subfaturados", detalhou a Receita.
O fisco suspeita que a mercadoria era
importada da Índia pelo Paraguai, de onde seria descaminhada para o Brasil.
"Os pagamentos dessas operações, identicamente, faziam uso de operações
financeiras ilegais envolvendo doleiros e contas em nome de interpostas
pessoas", afirmou a Receita.
A operação cumpriu dois mandados de busca e
apreensão em Foz do Iguaçu e um em Curitiba.
A 9ª Vara Federal de Curitiba determinou
também o bloqueio de cerca de R$ 35 milhões em ativos financeiros e bens dos
suspeitos.
Fonte
G1