Em 2º dia de bloqueio na Ponte da Amizade, manifestantes paraguaios liberam veículos a cada 20 minutos

Nesta terça-feira (15), 2º dia de protestos na Ponte da Amizade, os manifestantes paraguaios têm liberado o fluxo de veículos a cada 20 minutos.

 

A mudança foi feita após pedido da Polícia Nacional Paraguaia para que o trânsito não ficasse totalmente bloqueado como foi na segunda-feira (14). O policiamento foi reforçado na travessia.

 

A liberação, no entanto, não é permitida para taxistas, moto taxistas e motoristas de vans de transporte do país, porque os manifestantes alegam que estes profissionais devem auxiliar na mobilização.

 

Protestos

 

Os manifestos iniciaram em várias regiões do Paraguai após anúncio de novo reajuste no valor dos combustíveis do país feito pelo governo paraguaio, com a justificativa da guerra entre Rússia e Ucrânia.

 

O último aumento ocorreu no dia 3 de março e foi, em média, de 500 guaranis, o equivalente a R$ 0,37 por litro da gasolina. A gasolina mais barata no Paraguai custa R$ 5,37.

 

No ano passado, o país registrou aumento de cerca de R$ 1,70 no litro da gasolina.

 

Além da redução do preço, os manifestantes pedem que o governo paraguaio retome, por meio de decreto, o controle dos preços determinados pela Petropar, a estatal paraguaia de combustíveis e gás, que equivalente à Petrobras no Brasil.

 

A motorista brasileira, Ivanir Terezinha Mocelin, que trabalha com transporte de turistas diz que está tendo prejuízos por causa do bloqueio.

 

"Ontem eu trouxe ela (passageira) aqui e não entramos. Hoje a mesma coisa. [Turistas] não saíram do hotel, não vieram pra cá porque sabiam da manifestação".

 

Caso as demandas não sejam atendidas até o fim da tarde desta terça-feira (15), os manifestantes prometem bloquear totalmente a ponte como na segunda-feira (14), quando só pedestres podiam cruzar livremente de um lado para o outro da fronteira.

Fonte G1

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