Quatro delegados são condenados a prisão por corrupção e associação criminosa no Paraná

Quatro delegados da Polícia Civil foram condenados a prisão em regime fechado por um esquema de corrupção e associação criminosa para ganhar dinheiro do setor de ferro-velho em Curitiba e região. Os servidores tinham relação com a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos.

 

Anderson Franco, Marco Antonio de Goes, Gerson Machado e Luis Carlos de Oliveira tiveram penas totais diferentes. Elas variam entre mais de 11 anos e mais de 50 anos.

Além de corrupção e associação criminosa, um dos delegados também foi condenado por lavagem de dinheiro.

 

Conforme sentença da 3ª Vara Criminal de Curitiba, eles podem recorrer em liberdade. A decisão é de 25 de fevereiro.

A defasa de Luiz Carlos de Oliveira afirmou que não foi intimada da sentença e que o delegado é inocente "de todos os fatos". Disse, ainda, que não existem provas contra ele.

 

Procurada, a Polícia Civil do Paraná afirmou ainda não ter sido comunicada pela Justiça da sentença e que, assim que isso for feito, irá analisar "os efeitos e a extensão da sentença para que sejam tomadas as medidas administrativas cabíveis".

g1 tenta contato com a defesa dos outros citados.

 

Operação Vótex

 

Outras 17 pessoas também foram condenadas. Eles foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) dentro da investigação da Operação Vórtex. Veja mais informações abaixo.

 

Conforme o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), policiais da área endureciam a fiscalização para criar condições de exigir dinheiro ou para que comerciantes tomassem a iniciativa de oferecer dinheiro.

 

A estimativa é de que, por mês, os envolvidos arrecadavam R$ 30 mil, com registro de propinas de até R$ 50 mil.

 

As investigações começaram em 2013, quando a operação cumpriu 18 mandados judiciais de busca e apreensão em Curitiba e na região metropolitana. Na época, três policiais civis foram presos em flagrante por porte de armas sem registro.

Noventa e oito mil dólares e munição de uso restrito foram apreendidos com um dos detidos.

 

As investigações do Gaeco duraram cerca de oito meses com a intenção de apurar suposta corrupção da polícia e ilegalidades relacionadas a desmanche de carros. O foco da operação foi a Divisão de Crimes Contra o Patrimônio, a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos e o 6º Distrito Policial.

 

Fonte G1

 

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