Sobe para mais de 75 o número de mortos em Petrópolis (RJ)

Segundo o governo do Rio de Janeiro, subiu para 78 o número de mortos depois da forte chuva que caiu na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro. O temporal atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro ontem, terça-feira, 15. Entre as vítimas estão ao menos duas crianças, de acordo com a Defesa Civil do município. A identidade dos mortos não foi divulgada.

 

O número de mortos pode subir em razão de pessoas que estão soterradas em vários pontos do município. O secretário da Defesa Civil, coronel Leandro Monteiro, diz que, só no Morro da Oficina, dezenas de casas foram atingidas pela lama. Ele informa que “há inúmeros desaparecidos”, sem dizer um número exato. 

 

A Prefeitura de Petrópolis decretou estado de calamidade pública. A forte chuva ocasionou deslizamentos de encostas, alagamentos e correntezas fortes que arrastaram carros nas ruas em diversos pontos da cidade.

 

A Polícia Civil utiliza um caminhão frigorífico para armazenar os corpos e facilitar sua identificação. O veículo está localizado no bairro Corrêas. Os corpos começaram a ser retirados durante a madrugada, depois que o nível da água diminuiu.

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), vai sobrevoar a região na sexta-feira 18, depois de retornar da viagem à Rússia. O presidente explicou que houve uma mudança na rota do voo e que pousará no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em vez de Brasília.

 

“Pretendo, ao pousar, sobrevoar a região. Conversei com Paulo Guedes durante a madrugada. Conversei com Rogério Marinho, que já enviou o seu representante para tratar desses assuntos de calamidades para Petrópolis.”

 

Continuação da tragédia

 

Cada gota de chuva na Região Serrana do Rio traz à tona outra tragédia, ocorrida em 11 de janeiro de 2011. Na época, os deslizamentos e as enchentes deixaram 918 mortos entre as cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Foi a maior catástrofe climática do Brasil. Segundo dados do Ministério Público, pelo menos 99 vítimas seguem desaparecidas.

Naquela noite, em apenas três horas, o volume de água ultrapassou a expectativa de um mês para a região. Riachos formaram ondas gigantes e deslizamentos atingiram áreas urbanas e rurais. As residências que não desabaram foram interditadas, porém, muitas famílias voltaram a ocupá-las. Na época, sem espaço para cavar tantos túmulos e diante da quantidade de corpos, quase 200 mortos foram enterrados em covas rasas, identificadas por uma cruz e um número.

 

Fonte Revista Oeste





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