Saiba como consultar dinheiro 'esquecido' em bancos no novo site do BC

Está liberada
novamente a consulta aos recursos 'esquecidos' pelos
brasileiros nos bancos, depois da interrupção do serviço em
janeiro, quando o volume de acessos derrubou o site do Banco Central.
O serviço foi
restabelecido em uma página específica. Mas, no primeiro acesso, o cliente pode
consultar apenas se há ou não recursos disponíveis. Por ora, basta informar o
CPF ou CNPJ (veja abaixo como fazer consulta).
Como
consultar
Acesse o
site https://valoresareceber.bcb.gov.br/
Segundo o Banco
Central, os clientes precisam do CPF, no caso das pessoas físicas, e do CNPJ,
no caso das empresas, para consultar a existência de
recursos para saque.
A página vai
informar uma data para consultar os valores e solicitar o saque – anote esta data
Na
data informada, retorne à página https://valoresareceber.bcb.gov.br/
Use seu login
gov.br para acessar o sistema (clique aqui para ver como
fazer o cadastro)
Após o
acesso, consulte o valor e solicite a transferência
Ao fazer esta
primeira consulta, o cliente do banco recebe uma data e período para consultar
e solicitar o resgate do saldo existente. As datas são agendadas de acordo com
o ano de nascimento da pessoa ou da criação da empresa, conforme calendário
abaixo.
Calendário
do Banco Central - Valores a receber
Data de
nascimento (pessoa) ou de criação (empresa) |
Período
de agendamento (consulta e resgate) |
Data de
repescagem (para quem perder a data agendada) |
Antes de 1968 |
7 a 11/3 |
12/3 |
Entre 1968 e
1983 |
14 a 18/3 |
19/3 |
Após 1983 |
21 a 25/3 |
26/3 |
Fonte: Banco Central
E se eu
perder a data para pedir o resgate?
Segundo o BC, a
consulta inicial poderá ser feita a qualquer momento. Caso o cliente não acesse
novamente na data que será informada no primeiro acesso, nem no sábado de
repescagem, ele poderá voltar a consultar os valores e solicitar o resgate a
partir de 28 de março.
Quando o
dinheiro será pago?
Segundo o Banco
Central, os valores esquecidos nos bancos serão devolvidos
somente a partir de 7 de março.
Cerca de R$ 900
mil foram resgatados por 8,5 mil solicitantes antes do sistema ter sido
retirado do ar.
Como será o
pagamento?
A devolução será
preferencialmente por PIX. Após acessar o sistema, se o cliente solicitar o
resgate sem a chave PIX, a instituição financeira escolhida entrará em contato
para realizar a transferência.
Cuidado com
golpes
O BC faz um alerta em relação a tentativas de golpe, e dá as
seguintes instruções:
O único site para
consulta ao SVR (sistema de valores a receber) e para solicitação de valores
é valoresareceber.bcb.gov.br.
O Banco Central
NÃO envia links NEM entra em contato com o cidadão para tratar sobre valores a
receber ou para confirmar seus dados pessoais.
NINGUÉM está
autorizado a entrar em contato com o cidadão em nome do Banco Central ou do
Sistema Valores a Receber.
Portanto, o
cidadão NUNCA deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp
ou Telegram.
O cidadão NÃO deve
fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. É golpe!
Até R$ 8
bilhões
Segundo o Banco
Central, nesta primeira fase do serviço são cerca de R$ 4 bilhões de valores a
serem devolvidos para 24 milhões de pessoas físicas e jurídicas. Os valores
decorrem de:
contas-correntes
ou poupança encerradas com saldo disponível;
tarifas e parcelas
ou obrigações relativas a operações de crédito
cobradas
indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em
Termo de
Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central;
cotas de capital e
rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de
crédito; e
recursos não
procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
O Banco Central
informou que quem não tiver valores a receber nesta etapa das consultas ao novo
site de consulta aos recursos 'esquecidos' nos bancos poderá eventualmente ter
nas próximas fases do sistema.
Página do BC
informa que cidadão sem valores a receber atualmente poderá fazer nova consulta
a partir de maio.
Ao todo, o Banco
Central estima que os clientes tenham a receber cerca de R$ 8 bilhões. O
restante dos valores será disponibilizado no decorrer deste ano de 2022, fruto
de:
tarifas e parcelas
ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente,
previstas ou não em Termo de
Compromisso com o
BC;
contas de
pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
contas de registro
mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários
encerradas com saldo disponível; e
outras situações
que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.
Fonte G1