'Trafigata de Curitiba ´é presa novamente após descumprir regras da prisão domiciliar

A suspeita de tráfico de drogas Camila Marodin, conhecida como ‘Trafigata’, foi presa novamente nesta quinta (10). O juiz da Vara Criminal de Piraquara, Sergio Bernardinetti, decretou a prisão preventiva por descumprimentos de ordem judicial. Segundo informações da Justiça, foram seis violações de área de monitoramento da tornozeleira eletrônica e em uma das ocorrências ela ficou quatro dias do local determinado, em Piraquara. A Justiça também afirmou que foram nove violações de fim de bateria da tornozeleira, em um dos casos ficando quatro horas sem carregar o dispositivo.

 

Camila ficou conhecida como ‘Trafigata’ depois que seu marido, Ricardo Marodin, foi executado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no fim da festa de aniversário do filho, em 7 de novembro. No dia 12 de novembro, ela foi presa apontada como uma das líderes da organização criminosa chefiada pelo esposo, quando retornava do Litoral do Paraná. Na ocasião, a Justiça bloqueou R$ 1, 3 milhão da conta de Camila, além de 13 imóveis, avaliados em R$ 3 milhões – que estavam no nome de laranjas, cinco carros de luxo e uma moto. A 'trafigata' estava em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica, desde o fim de dezembro por decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, após ficar detida durante mais de um mês. Para conseguir a liberdade, ela alegou que precisava cuidar dos três filhos, de 1, 4 e 7 anos. 

 

Investigada por associação ao tráfico de drogas, Camila Marodin, conhecida como 'trafigata de Curitiba, sofreu um atentado  quando chegava em casa, no bairro Alto Boqueirão, na tarde de 31 de janeiro.  Ela estava acompanhada de um amigo, que ficou ferido. Foram mais de 20 tiros. Camila escapou porque se abaixou no banco traseiro do veículo.  

 

A defesa

 

“As violações do monitoramento da tornozeleira de Camila Marodin, que ensejou o pedido de prisão, se devem pela busca frenética dela se manter viva. O atentado sofrido por Camila Marodin, que é objeto de investigação das forças policiais do Paraná, foi uma das situações de ameaça de morte que ela enfrentou. A defesa de Camila Marodin confia no trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil do Paraná para identificar e prender os autores e possíveis mandantes da tentativa de homicídio contra ela”, afirmou em nota o advogado Cláudio Dalledone.

 

Ricardo Marodin foi assassinado a tiros no final da festa de aniversário do filho, que estava sendo realizado em um buffet infantil em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Quatro suspeitos fortemente armados chegaram em um carro modelo Voyage prata, surpreenderam Marodin – que segundo Camila estava do lado de fora guardando coisas no carro – e fizeram diversos disparos contra a vítima. Marodin não resistiu aos ferimentos e morreu no local, no dia 7 de novembro.

 

Na manhã do dia 10 de novembro, dois homens, Thiago Cesar Carvalho, que era ex-policial militar, e Guilherme Antônio da Costa, foram mortos a tiros e estavam em um carro do mesmo modelo e cor do veículo usado no assassinato de Marodin, um Voyage prata. O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Tito Barichello, afirmou que os crimes podem ter relação, já que as vítimas Ricardo e Thiago se conheciam.

 

Fonte Bem Paraná

  

 

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