Os números de mortes relacionadas à pandemia continuam um enigma

Os números de mortes relacionadas pelas
autoridades como consequência da covid, que avançam neste momento para além de
onde estavam seis meses atrás, são um enigma. Ajudam, com toda a certeza, a
reproduzir pânico, insegurança e angústia. Deixam uma mensagem de terror: as
coisas nunca estiveram piores, e se você tinha alguma esperança de que
melhorassem pode desistir, pois nada está melhorando. Isso tudo aí continuará
igual por um tempo indefinido, e de preferência para sempre. Mas não se sabe,
com um nível razoável de lógica comum e de mero bom senso, o que esses números
querem realmente dizer. Ninguém está fazendo o menor esforço para descobrir.
Não se trata de nenhuma complicação de
matemática das curvas, ou de alta cirurgia de cérebro. É algo que qualquer
professor de ginásio poderia perfeitamente estar tratando em suas aulas, se
estivesse dando alguma aula após dois anos de pandemia. É apenas o seguinte:
quantas pessoas, nessas listas diárias de mortos, estão morrendo “de covid” e
quantas estão morrendo “com covid”?
Existe uma diferença fundamental entre uma
coisa e a outra — e essa diferença não está sendo apresentada ao público com um
mínimo de honestidade, ou sequer de inteligência elementar. É assim de
propósito? É resultado da desordem que tem marcado os números da covid desde o
primeiro caso? São as duas coisas ao mesmo tempo? O fato é que a população está
sendo ativamente desinformada. Deve continuar assim. Hoje em dia tudo o que não
se conforma exatamente aos “protocolos” vigentes sobre como pensar a respeito
da doença é imediatamente denunciado como “negacionismo”.
É claro que os dados exatos revelariam outra
realidade. Se o paciente que pegou covid entra no hospital com um enfarte, tem
uma parada cardíaca e morre, a sua morte se deve ao que: à covid ou à parada
cardíaca? E, se além do vírus, ele tem um câncer de fígado, disfunções renais
extremas ou pneumonia dupla, razões pelas quais, aliás, foi levado ao hospital?
Qual é a causa real da sua morte? Muitas dessas mortes, ou um número
literalmente incalculável, são atestadas pelas autoridades e reportadas pela
mídia como resultado “da covid”; é óbvio que isso distorce completamente o que
de fato está acontecendo.
O número de infectados com certeza subiu
enormemente, considerando-se os números do passado recente — é inevitável, em
consequência, que tenha aumentado o número de doentes graves internados nos
hospitais com covid, com os seus outros problemas de saúde. Na imensa maioria
dos casos, quem pega a covid simplesmente se cura, sem precisar ir sequer ao
pronto-socorro. Mas os que começam a passar realmente mal por causa de suas
doenças (chamam a isso de “comorbidades”) vão para o hospital, como iriam tendo
ou não tendo covid — e ali os que não têm recuperação morrem. Vão direto para a
“lista” do dia seguinte.
Fonte Revista Oeste