Mulheres vítimas de violência poderão receber auxílio-moradia de quase R$ 900, em Guarapuava

Mulheres em situação de violência, que tenham
utilizado o serviço de acolhimento institucional de Guarapuava e que não tenham moradia própria, estarão
aptas a receber novo auxílio da prefeitura no valor de R$ 848.
O recurso, oriundo do programa municipal
“Minha Casa Sem Violência”, está sendo ofertado desde segunda-feira (31),
quando a iniciativa passou a vigorar.
O subsídio foi criado a partir da Lei Municipal
3144/2020, que instituiu no município o programa de auxílio-moradia
emergencial.
Segundo a prefeitura, as mulheres serão
encaminhadas para inclusão no programa de auxílio conforme avaliação das
equipes multidisciplinares que acolhem as vítimas de violência.
Funcionamento
De acordo com Priscila Schran, secretária de
políticas públicas para as mulheres de Guarapuava, o
novo subsídio terá validade de 6 meses.
Pela lei, o benefício poderá ser prorrogado uma
única vez, pelo mesmo período de vigência inicial.
“Com esta ação estamos oferecendo um lar seguro
para quem passa por tanta violência dentro da própria casa. Esse é o passo
crucial para a mulher reiniciar a vida dela”, explicou Priscila.
Subsídio
Para cada mulher, o dinheiro disponibilizado
corresponde a 70% do salário mínimo nacional e poderá ser usado para pagamento
de aluguel, luz, água, gás e outras despesas domésticas.
Segundo a prefeitura, a expectativa é de que até 25
mulheres possam ser beneficiadas pelo subsídio em 2022. Em 2021, 12 mulheres
utilizaram o serviço de acolhimento municipal.
Dados do Centro de Referência e Atendimento à
Mulher em Situação de Violência (CRAM) dão conta que 51% das mulheres atendidas
em 2020 não possuíam casa própria.
Acompanhamento
Além do auxílio-moradia, as mulheres assistidas
terão acompanhamento constante da equipe técnica do CRAM. Entre as atividades a
serem desenvolvidas, está a criação de planos individuais para a reinserção
social das vítimas.
De acordo com o CRAM, os trabalhos serão voltados para
as áreas da assistência social, saúde, educação, trabalho, habitação entre
outras, de acordo com as necessidades de cada mulher.
Fonte G1