Suspeito de pedofilia usava jogo Free Fire para atrair e ameaçar 65 crianças

Uma mega-operação da Polícia Civil do Estado
de Goiás (PCGO) em conjunto com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
prendeu um homem, de 45 anos, acusado de pedofilia. Segundo as investigações, o
criminoso mantinha contato com mais de 65 crianças de 9 e 10 anos de todo o
país, incluindo o DF, e obrigava as vítimas a enviarem conteúdos íntimos, sob
ameaça de divulgar as imagens e vídeos na internet.
Durante o mandado de busca e apreensão cumprido na
última segunda-feira (24/1), na cidade de Águas Lindas de Goiás — distante
cerca de 48km de Brasília — o acusado foi surpreendido pelos policiais civis
apagando conversas no celular dentro do quarto. “Haviam várias mensagens de
vítimas nos telefones. Nós apreendemos os celulares e eles serão periciados”,
destacou o delegado à frente do caso, Vinícius Máximo.
No celular, o acusado armazenava os conteúdos
pornográficos infantis em várias pastas. Para cada vítima, ele criava um espaço
de armazenamento com fotos e vídeos das crianças. De acordo com a apuração
policial, ele mantinha contato com mais de 65 menores. A polícia investiga se
houve mais vítimas.
Como agia
Para atrair as vítimas, o acusado se
infiltrou no Free Fire, um jogo online popularmente conhecido por crianças e
jovens. Nas conversas, ele fazia vídeo-chamada e propunha “desafios”. “A partir
do momento que a criança enviava uma foto ou vídeo, ele dava início a uma série
de ameaças, dizendo que se a vítima não mandasse mais imagens, iria divulgar o
conteúdo na internet e aos pais delas”, frisou o delegado
Segundo o investigador, as vítimas eram
sempre meninos. Em uma das conversas a qual o Correio teve acesso,
o autor diz: “Então manda vídeo. Grava aí”. O menino responde: “Minha irmã está
em casa”. Em resposta, o agressor ameaça: “Então vou postar agora”. E a criança
responde: “Mano, minha vontade é se matar. Sério. Não faz isso.”
O homem foi preso em flagrante e acumula
passagens em Padre Bernardo (GO) e no DF pelo mesmo crime. As investigações
seguem no sentido de descobrir possíveis novas vítimas e saber se o autor
chegou a encontrar pessoalmente alguma criança.
Fonte Correio Braziliense