Com Brasil garantido na Copa, Tite projeta mudanças nas Eliminatórias

A Seleção Brasileira entra
em campo nesta quinta-feira contra o Equador, em Quito, pela 15.ª rodada das
Eliminatórias da Copa do Mundo, mas o pensamento do técnico Tite está mesmo no
Catar. Nesta quarta (26/1), em sua entrevista coletiva de véspera de jogos, ele
revelou que fará mudanças na escalação entre uma partida e outra nesta reta
final do torneio qualificatório, que já serve de preparação para o Mundial.
“Sim, podemos esperar
mudanças de um jogo para o outro. A média nossa, nesses 13 jogos, são quatro
substituições por jogo. Tenho dito aos jogadores que esses que entram vão estar
decidindo a partida porque vão estar em momento crucial. Então essa é a
preparação, senão dos que iniciam, mas de deixar todos preparados para aquilo
que tem que fazer. Principalmente no aspecto organizacional, depois é o
talento. Ele com a bola, na qualidade do passe, da verticalidade, do um contra
um, da finalização. De um jogo para o outro vou mudar, mas não externando de
forma pública”, comentou.
Para o jogo contra o
Equador, Tite confirmou que levará a campo o mesmo ataque que enfrentou a
Argentina, em novembro do ano passado – empate sem gols, em San Juan -, com
Raphinha, Matheus Cunha e Vinicius Junior.
“O tripé da frente, dos
homens de lado, como a equipe se moldou e se adaptou bem, vai ser mantido sim.
Com Vinicius, Raphinha, Cunha e a gente ter essas amostragens, essa sequência
que vai se mostrando. Do meio para trás, a estrutura e o posicionamento ele se
mantém. Do meio para a frente ele está se mostrando. Não consigo ver sobre
ideia de futebol, dois atacantes centrais, dois volantes fixos e uma lacuna no
meio onde pode ter articulador, um pensador. Não consigo conceber futebol
assim”, declarou.
Tite falou ainda sobre o
planejamento da seleção sem Neymar, que se recupera de uma lesão no tornozelo e
não foi convocado. “Claro que a gente quer sempre ter Neymar, mas por vezes as
situações não ocorrem dessa forma, então o fortalecimento da equipe é sempre o
marco mais forte. A equipe é sempre a direção maior, o objetivo maior, a
responsabilidade maior. Até porque a equipe carrega e as individualidades
acabam acontecendo. Você falou em relação ao (Philippe) Coutinho, ele é jogador
da função e acredito na qualidade dele, falando isso para o nicho futebol.
Falando de maneira mais ampla, do espectro social, humano, eu sei todo lado
humano de investimento dele, desafiador, de recuperar da lesão. É esse o
sentido. De termos esses três da frente, sim, porque fizeram grande jogo e devo
dar essa continuidade. Como vai ser depois, não sei, vamos deixar o campo
falar. Mas a importância, para nós, é da essência”, comentou.
O técnico não esconde que, mesmo com a
seleção já classificada para o Mundial, a cada jogo a ansiedade é a mesma. “A
sensação, a emoção, eu achei que ia estar um pouco mais light, mas não. As
mesmas emoções, ansiedades, a possibilidade de dar atleta a condição de fazer o
seu melhor, estrategicamente estar preparado para o jogo, continuo com a mesma
pressão, te confesso”, afirmou
O Brasil
tende a atuar contra o Equador com: Alisson; Emerson, Éder Militão, Thiago
Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Philippe Coutinho; Raphinha, Matheus
Cunha e Vinicius Júnior. O meia Lucas Paquetá e o volante Fabinho estão
suspensos por terem levado o segundo cartão amarelo contra a Argentina e
poderão voltar contra o Paraguai, na próxima terça-feira, no estádio do
Mineirão, em Belo Horizonte.
A seleção brasileira é a
líder das Eliminatórias de forma invicta, com 35 pontos. O Equador ocupa o
terceiro lugar, com 23, e ainda busca a sua classificação ao Mundial do Catar.
Fonte Metrópoles