Copa América: os argumentos da Argentina para recusar a competição no país

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) causou surpresa na segunda-feira (31) ao anunciar que a Copa América será realizada no Brasil entre os meses de junho e julho.
Mas como o torneio, originalmente marcado para ocorrer na Argentina, acabou sendo transferido para o território brasileiro?
A chave é o agravamento da pandemia do novo coronavírus na Argentina.
As sedes originais do campeonato, que começa no dia 13 de junho, eram a Argentina e a Colômbia, onde o número de casos de Covid-19 também é preocupante, refletindo o quadro quase geral na América Latina, de acordo com levantamentos internacionais.
Na Argentina, foi concluído no domingo, após nove dias, um novo lockdown que, no entanto, será retomado neste fim de semana, também de forma estrita, durante sábado e domingo.
As medidas durante os nove dias e no próximo fim de semana incluem a exigência de autorização para circular pelas estradas e nos transportes públicos, além do toque de recolher a partir das 18h.
Nesta segunda-feira, as restrições como as das atividades noturnas, incluindo o horário limitado dos bares, cafés e restaurantes de Buenos Aires, continuam, na fase que vem sendo chamado de "quarentena menos rígida".
Quando anunciou, há dez dias, o lockdown para várias regiões do país, o presidente Alberto Fernández disse que a Argentina vivia "o pior momento da pandemia". No entanto, a possibilidade de que a Copa América fosse realizada no território argentino continuou sendo debatida e inalterada até a noite de domingo, quando a Conmebol informou que o país não seria mais a sede do campeonato.
O governo federal e o governo da cidade de Buenos Aires, onde partidas seriam jogadas, não tinham deixado claro, até domingo, que avaliavam desistir da realização da Copa América no país.
Na quarta-feira passada, autoridades argentinas se reuniram com a Conmebol para definir se as partidas seriam jogadas de forma integral na Argentina ou se seriam compartilhadas com outro país - chegou-se a falar no Chile, de acordo com a imprensa local.
Fonte: G1