São Paulo: maiores de 60 anos podem receber vacinas que sobram nos postos

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse hoje que idosos com mais de 60 anos podem procurar as unidades de saúde e realizar um cadastro para que, caso haja sobra de doses de vacinas contra covid-19 no fim do dia, possam eventualmente ser imunizados.
Em entrevista à CNN, ele explicou que as pessoas desta faixa etária podem verificar no site da prefeitura qual a unidade mais próxima de sua residência para efetuar o cadastro.
"Idosos com mais de 60 anos podem procurar as nossas unidades de saúde, nós estamos fazendo um cadastro, uma lista de espera, para que ao final do dia, caso haja aquelas doses que ficam remanescentes, nós chamamos os idosos para que eles possam ter a vacinação. Se tiver idosos acamados, nossas equipes vão até a residência da pessoa vaciná-la", explicou.
A reportagem procurou a secretaria municipal de Saúde para saber se esta medida já está em vigor e aguarda retorno. Aparecido ressaltou que a administração municipal tem procurado usar doses de frasco único para que não haja desperdício do imunizante. Com a entrega de novas doses da CoronaVac, a vacinação de idosos de 80 a 84 anos está prevista para começar no dia 1º de março.
Ocupação de leitos de UTI Durante a entrevista, o secretário destacou ainda que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na cidade é atualmente de 70% — de sábado até ontem, houve um aumento de 5%. "É a maior taxa de ocupação nos últimos três meses." Segundo ele, são 1.218 de pessoas internadas em leitos de enfermaria e de UTI. Aparecido explicou que o comitê de contingência do estado se reúne ainda hoje para analisar medidas que serão implementadas. Com recorde de internados em UTIs, o governo paulista anunciará novas restrições amanhã.
O secretário ressaltou que 21% dos internados na capital paulista não são residentes da cidade. "Portanto, já há uma pressão muito grande de outros municípios da região metropolitana e do restante do estado, onde houve um aumento muito acelerado de casos, ocupando leitos na capital. Precisamos tomar medidas conjuntas com todo o estado, com a região metropolitana (...) Tomar medidas isoladas neste momento não vai ter eficácia no controle da disseminação da doença", argumentou.