Galerista Brent Sikkema foi morto com 18 facadas, diz polícia

galerista Brent Sikkema foi morto em casa com 18 facadas — a maioria no rosto e no tórax, segundo a Polícia Civil do Rio. Um suspeito foi preso pelo assassinato nesta quinta-feira (18). Ele negou aos policiais que o abordaram que tenha cometido o crime.

"Foi uma ação premeditada e cruel. Ele esperou o melhor momento para entrar na casa da vítima. Não arrombou a porta. Ficou 15 minutos lá. E, de acordo com o laudo cadavérico, levou 18 facadas", disse o delegado Felipe Curi, diretor do Departamento-Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa.

O caso é tratado como latrocínio — roubo seguido de morte. Mas a polícia não descarta existir um mandante do crime, já que as informações ainda estão sendo apuradas.

O preso, Alejandro Triana Tevez, vivia no Brasil desde 2022, quando pediu refúgio no país. "Alejandro foi o responsável pelo latrocínio cometido contra o Brett Sikkema este ano", falou Curi.

Alejandro vivia no Estado de São Paulo, e a Polícia Civil de lá auxiliou nas investigações. Os investigadores ainda fazem buscas em endereços ligados ao criminoso.

"Verificamos que ele veio de São Paulo para cá, aguardou diversas horas esperando o momento para a prática do crime, e depois retornou para São Paulo", disse Curi.

Os policiais trabalham com a hipótese de que Alejandro conhecia a vítima.

"Surgem informações de que autor e vítima eram conhecidos. Soubemos que ele esteve no Rio em julho do ano passado, ao mesmo tempo que Brent estava no Brasil. Uma testemunha não descarta que eles teriam se encontrado", afirmou Alexandre Herdy, delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Arrombamento e ar ligado

Segundo a polícia, o suspeito não arrombou a porta da casa do norte-americano. Ele usou uma chave mista.

"O autor foi bastante cuidadoso na ação criminosa. Nos chamou a atenção ele ter mantido o ar-condicionado ligado, provavelmente para evitar que os vizinhos percebessem os efeitos da morte em uma região em que as casas são bastante próximas, coladas", afirmou Herdy.

Os policiais também investigam se o preso conhecia o marido de Brent e outras pessoas relacionadas ao americano.

"Sabíamos o lugar onde ele estava em São Paulo, e a equipe estava indo para efetuar a prisão. Também efetuamos um pedido de prisão temporária, que foi aceito pela Justiça", disse Curi.

De acordo com os delegados, o preso foi detido quando estava dormindo dentro de um carro em um posto de combustíveis. Ele foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal, que também colaborou com as investigações.

Com base nas informações de uma amiga do americano, a polícia informou que o preso levou R$ 30 mil e US$ 30 mil, além de um cordão de ouro. Brent tinha adquirido um apartamento no Leblon e mantinha o dinheiro em casa para a compra de móveis.

Fonte G1

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