'Desespero tomou conta', diz esposa de homem que desapareceu na Represa do Passaúna

'Desespero tomou conta', diz esposa de homem que desapareceu na Represa do Passaúna
Homem sumiu enquanto brincava na água com a filha de 8 anos na tarde de sábado (30). Buscas foram retomadas neste domingo (31).
Soraia Cristina da Silva, esposa do homem de 54 anos afundou no meio da Represa do Passaúna em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), relatou os momentos de desespero quando o homem submergiu.
"Não sei se ele estava já apavorado, se estava muito cansado e não percebeu, só sei que daí ele afundou. Na hora em que ele afundou, o desespero tomou conta", relembra.
O homem desapareceu na tarde de sábado (30) enquanto brincava na água com a filha de 8 anos. No início da manhã deste domingo (31) o Corpo de Bombeiros retomou as buscas por ele.
"Estou aqui pelas meninas, porque não tenho nem o que falar. A gente veio tirar um lazer, nunca imaginei que isso pudesse acontecer, mas infelizmente aconteceu", lamentou.
Após o marido afundar enquanto brincava com a filha mais velha, a mãe se jogou na água com uma boia para resgatar a filha e um morador da região ajudou a família a retornar para a margem. Porém, o pai seguiu submerso.
"Eu com a minha mais velha lá, na frente, ele sumido, e a pequenininha no bote chorando. Peguei a outra boia que estava no bote, desci na água, coloquei a boia na minha barriga e fui nadando até a mais velha", conta a mãe.
Os bombeiros prestaram atendimento à mãe e às filhas, que passam bem.
Outro afogamento na mesma represa
Dois dias antes, um jovem morreu após ficar cerca de 15 minutos submerso em outro ponto da represa.
Em nota, a Sanepar reforçou ser proibido o uso das barragens para banho, natação e qualquer outro esporte em que a pessoa tenha contato com a água.
"As barragens são reservatórios de abastecimento público, são locais perigosos, com grandes profundidades e não podem ser utilizadas pela população para tomar banho. Esses locais são de acesso proibido", afirmou a companhia.
A represa é cercada por uma cerca de arame farpado. Porém, em alguns pontos o arame está rompido, facilitando a passagem.
Segundo a empresa, no ponto de captação do Passaúna, há vigilância ostensiva.
Nos demais pontos da barragem, a Sanepar explica que há uso compartilhado com a Associação Paranaense de Remo, com esporte de remo e vela, que não usam barco a motor.
"Mesmo assim, os praticantes não estão autorizados a entrarem na água e são responsáveis por sua própria segurança. No Passaúna, há também um Parque Municipal que pertence à Prefeitura de Curitiba, que proíbe o nado e a pesca de barranco", diz a nota.
Fonte: G1


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