Apagaram as planilhas de propina da Odebrecht
A Justiça Federal do Paraná autorizou um pedido do Ministério Público Federal (MPF) para apagar os dados de servidores clandestinos que armazenavam informações sobre os pagamentos de propinas da empreiteira Odebrecht. O jornalista Jamil Chade, do portal UOL, divulgou a informação nesta quinta-feira, 18.
A reportagem mostra que a destruição dos equipamentos ocorreu entre 19 e 20 de maio de 2022, com uma furadeira de bancada. Uma broca de aço atravessou os equipamentos.
Esses arquivos faziam parte das principais peças de acusação do MPF contra diversos políticos, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e políticos graúdos do Partido dos Trabalhadores (PT). Com o objetivo de ocultar o pagamento de propinas, a Odebrecht criou um departamento específico e um sistema paralelo de informática. Esse servidor ficava na Suíça, longe do alcance de possíveis operações da polícia brasileira.
O MPF teve acesso às informações da planilha depois de a Odebrecht firmar um acordo de leniência, em 2017. A empreiteira disponibilizou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma cópia dos sistemas que guardam a contabilidade paralela. Naquele mesmo ano, a Polícia Federal (PF) também teve acesso aos dados.